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JUN 17 | Transhumanizar Transfigurar

Duas gerações, Gianguido Bonfanti e Pérola Maia Bonfanti, pai e filha, em uma proposta de diálogo transgeracional, tomam como princípio e fim o Humano em suas diversas possibilidades. O Homem sem fronteiras que afirma sua humanidade diante dos destroços do mundo. 

Pai e filha tem a figura humana como eixo de suas obras. Os dois artistas trabalham com a figuração mas desenvolvem diferentes linhas de pesquisa estética. Perola assume a figura humana como retrato fiel de rostos, jovens monges budistas ou indígenas do Brasil se expandem para além do limite do suporte, a humanidade dessas figuras impressiona a quem é por elas olhado. Gianguido desenvolve uma pesquisa na fronteira entre a figuração e a abstração, reduzindo as informações visuais ao mínimo, produz um minimalismo figurativo que se conecta com imagens de cunho arcaico.

Gianguido Bonfanti, 1948, pintor, escultor, gravador, desenhista e professor em atividade há 38 anos na Escola de Artes Visuais/Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil. Sua mais recente exposição ocorreu esse ano no Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil. 
Nos últimos anos, Gianguido Bonfanti tem em sua mira a síntese, seja no desenho, na pintura ou na escultura. O olhar é um elemento central em todos os trabalhos, é a janela da alma que ora nos interroga, ora nos implora por saber o sentido da vida. Como afirma o pintor Gonçalo Ivo, nos óleos mais recentes de Bonfanti, "há um frescor semelhante às garatujas de nossa infância, quando brincávamos e rabiscávamos para imprimir no tempo, sem tempo ou medida, a nossa felicidade". 
Gianguido Bonfanti, de família italiana, sendo o primeiro a nascer fora da Itália, família que continuará a manter estreitos laços com a cultura italiana.
Foi discípulo de Poty Lazzarotto de 1962 a 1966, companheiro de seu pai na Escola de Belas Artes-RJ, nos anos 1940.
Frequentou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-UFRJ de 1968 a 1971, período dos anos de chumbo do regime militar.
No final de 1971, tomou uma decisão radical: transferiu-se para Roma, Itália, se dirigiu à Academia de Belas Artes de Roma, aprovado no exame de admissão para o 2º da Academia, segue as aulas até 1973 quando, no final desse ano, retornou ao Brasil.
Frequentou o curso de gravura em metal administrado por Marilia Rodrigues na Escolinha de Arte do Brasil de 1974 a 1977.
Em 1978 iniciou sua atividade docente na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde dá aulas até hoje. Lecionou também na Pontifícia Universidade Católica-RJ, na Faculdade da Cidade e na Casa de Cultura Laura Alvim.
Entre muitas exposições individuais destacam-se: Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1974; Galeria GB Arte, RJ, 1981; Petite Galerie, RJ, 1985; Thomas Cohn, RJ, 1988; Paulo Figueiredo, SP, 1991; MAM-RJ, 1996; MNBA-RJ, 2000 e 2002; Museu Metropolitano de Curitiba, Paraná, 2004; Galerie le Troisième Oeil, 2005, Paris, França; Galerie le Troisième Oeil, 2006, Bordeaux, França; Paço Imperial, RJ, Retrospectiva, 2009; Gustavo Rebello Arte, RJ, 2010.
Em 1981 casou-se com Marisa Maia, em 1983 nasceu Pérola e Flora em 1987.

Pérola Maia Bonfanti, 1983, desenhista, realizou importantes projetos de Intervenção Urbana no Rio de Janeiro/Brasil, Nova Iorque/Estados Unidos e Viena/Áustria, retorna à Wozen após sua exposição individual em 2016. Pérola vem se afirmando como uma artista multi-linguagem, além de desenhos, murais e objetos híbridos, sua experimentação abrange intervenções urbanas interativas e net-art. Embora trabalhe com midias e linguagens diversas, seu discurso se sustenta em dois pilares: afeto e jogo. As linguagens se retroalimentam. Seus trabalhos, ora orgânicos, ora hiper-realistas carregam densidade simbólica e expressiva. 
Dentre seus jogos-urbanos estão os 13 Portais em colaboração com o coletivo Free Art Society, Nova Iorque (2013); o 4 Ases em colaboração com o Hofburg e o Ars Electronica, Viena (2014); e o Fluxo do Tempo (2017), que ministrou junto à Universidade Alpen-Adria ao longo de dois semestres letivos.

Two generations, Gianguido Bonfanti and Pérola Maia Bonfanti, father and daughter, in a proposed transgenerational dialogue, use the Human Being, in all its diverse possibilities, as a beggining and end. The Human with no borders, asserting its humanity from the ashes of this world. 

Gianguido Bonfanti, 1948, painter, sculptor, engraver, drawer and professor for more than 38 years at Escola de Artes Visuais/Parque Lage, Rio de Janeiro, Brazil. He had his most recent exhibition this year, at Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brazil. 

In the last years, Gianguido Bonfanti has in his sight the synthesis, wheter in drawing, painting or sculpting. The gaze is a central element in all works, it is the window of the soul that sometimes interrogates us, sometimes implores us to know the meaning of life. As the painter Gonçalo Ivo says in Bonfanti's latest oils, "there is a freshness similar to the scrawl of our childhood, when we played and scribbled to print our happiness in time, without time or measure."

Gianguido Bonfanti, of an Italian family, the first to be born outside Italy, a family that will continue to maintain close ties with the Italian culture.

He was an apprentice of Poty Lazzarotto from 1962 to 1966, who was a friend of his father on the Escola de Belas Artes-RJ, in the 1940`s.

He attended the Faculty of Architecture and Urbanism-UFRJ from 1968 to 1971, the lead years of the military regime.

At the end of 1971, he made a radical decision: he moved to Rome, Italy, went to the Academy of Fine Arts in Rome, passed the admission examination for the 2nd Academy, followed the classes until 1973 when, at the end of that year returned to Brazil.

Attended the course of metal engraving in metal administered by Marilia Rodrigues in the School of Art of Brazil from 1974 to 1977.

In 1978 he began teaching at the Escola de Artes Visuais do Parque Lage, where he teaches until today. He also taught at the Pontifícia Universidade Católica-RJ, also at the Faculdade da Cidade and at Casa de Cultura Laura Alvim.

Among many individual exhibitions, these stand out: Museu de Arte Contemporânea do Paraná, 1974; Galeria GB Arte, RJ, 1981; Petite Galerie, RJ, 1985; Thomas Cohn, RJ, 1988; Paulo Figueiredo, SP, 1991; MAM-RJ, 1996; MNBA-RJ, 2000 and 2002; Museu Metropolitano de Curitiba, Paraná, 2004; Galerie le Troisième Oeil, 2005, Paris, França; Galerie le Troisième Oeil, 2006, Bordeaux, França; Paço Imperial, RJ, Retrospective, 2009; Gustavo Rebello Arte, RJ, 2010.

In 1981 he married Marisa Maia, in 1983 Pérola was born and then Flora in 1987.

Pérola Maia Bonfanti, 1983, a drawer, has produced important projects of Urban Intervention in Rio de Janeiro / Brazil, New York / United States and Vienna / Austria, and returns to Wozen after her 2016 individual exhibition. She has been affirming herself as a multi-language artist. Its experimentation covers interactive urban interventions and net-art. Although she explores with different midias and languages, her discourse is based on two pillars: affection and game. The languages provide feedback to each other. Her works, both organic and sometimes hyperrealistic, carry symbolic and expressive density. 

Among its urban games are the 13 Portals in collaboration with the collective Free Art Society, New York (2013); 4 Aces in collaboration with the Hofburg and Ars Electronica, Vienna (2014); and The Flow of Time (2017), which she taught at Alpen-Adria University over two academic semesters.

artist website:

http://www.gianguidobonfanti.com/  

https://perolabonfanti.com/